O mundo espera de nós, um pouco mais de paciência…

Exatamente como bem cantou nosso querido Lenine, “a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência”.Featured image

Resolvi escrever este post porque, na timeline do meu facebook sempre posto mensagens de coisas boas, de motivação, de inspiração, assim como no twitter e no Instagram. Além do mais, estou dando aulas de Meditação, sempre convido a todos para frequentar as aulas. E eis que essa semana, depois de todo o caos que se instalou no Rio Grande do Sul, com greves, paralisações, manifestações conturbadas, roubos em excesso porque a polícia está em greve, tudo por causa de uma medida errada tomada pelo governo, alguns conhecidos me indagaram como posso estar sempre tão otimista, postando lindas mensagens e convidando para meditações, quando na verdade (na opinião deles) devemos agir ao invés de ficar parado.

Pois então. Acompanhem  meu raciocínio s’il vous plaît!

Estamos vivendo um momento crítico, de crise e caos, por todos os lados. Parece que tudo “desandou” como maionese em dia de calor. Temos a impressão que só vai piorar. Agora me responde uma coisa: (tomei a liberdade de já responder)

O que adianta entrar em desespero, ficar de mal-humor ou em depressão? NADA

Como conseguiremos resolver qualquer coisa nesse estado? NÃO CONSEGUIREMOS

Qual o tipo de ação a gente costuma ter quando está em um nível alto de estresse? A AÇÃO ERRADA

É em meio ao caos, que devemos ter paciência. Sim, pode acreditar. Ninguém consegue pensar direito quando está “de cabeça quente” como bem define esse termo popular.

Estávamos eu e alguns conhecidos “facers” debatendo sobre isso hoje e uma delas, a astróloga Maria Rita Souza comentou o seguinte: “Não é omissão, é não-identificação”. Achei perfeito para o momento. Parar de ficar assistindo notícias sobre assaltos, ônibus queimado, roubos em excesso, corrupção desenfreada… parar de ficar repetindo a palavra crise como um mantra… parar de ficar se queixando toda a vez que alguém se aproxima, não é se omitir do problema, é apenas não se identificar com ele, justamente para afastá-lo o máximo possível. Ficar olhando na televisão um ônibus sendo incendiado vai apagar o fogo? Creio que não!

Para resolver um problema “macro“, precisamos PRIMEIRO resolver os problemas “micro“. Ou seja, para que a sociedade volte a funcionar melhor, devemos resolver nossos problemas, porque esse mundo é como uma engrenagem, cada peça, por menor que seja, tem que estar funcionando bem. E só conseguiremos enxergar soluções verdadeiras, se respirarmos, calarmos nossos pensamentos viciosos e constantes, que mais parecem “cavalos xucros enlouquecidos corcoviando pelo campo” como dizemos aqui no sul. E domar pensamentos alienados, só se consegue parando para respirar, em silêncio, de olhos fechados (ou olhando pro céu). Meditando.

Para aquilo que for solucionável, virá a resposta, a solução. E para aquilo que não nos cabe solucionar, devemos apenas deixar de lado, soltar de nossa mente. Se não agirmos assim, acabaremos somatizando tudo em doenças e problemas de saúde e as farmácias continuarão faturando alto com antidepressivos e uma série de outros medicamentos.

É difícil agir assim? Claro que é, estamos acostumados a perder as estribeiras sempre que a panela de pressão explode e respinga feijão por todos os lados. E no final, depois de se desesperar, jogar a panela na pia com raiva, bestemar, falar palavrão ou chorar, vamos ter que parar, ficar calmos e limpar tudo, porque a parede e o piso não vão se limpar sozinhos!

Nada é fácil. Nenhuma mudança de atitude é fácil. Mas passar a ficar calmo quando todos em volta estão surtados é uma sensação de liberdade indescritível! Percebemos que somos os únicos que podem realmente fazer alguma coisa para mudar a situação. Começamos a ouvir nossa intuição e ter ideias que antes nem sonhávamos. A criatividade aflora. E unir criatividade, inteligência e paciência é a melhor fórmula para resolver algo, o que quer que seja. Pergunta pro Einstein se não é assim?

Blessed be! Namastê!